Tive o prazer de escrever uma resenha sobre o show que o Iron Maiden fez em Brasília, no último dia 20/03/2009, e está publicado no meu outro Blog, o Under Metal Zine.
Nela detalho de forma mais técnica e sucinta como foi o show, tentando não deixar o lado fã passar a frente do espetáculo e do evento em si. Mas logo abaixo contarei um pouco da minha história em relação à banda, como a conheci e o que essa última experiência foi pra mim, como grande fã da banda que sou.
Como ficou bem grande a história, resolvi dividi-la em algumas partes, espero que gostem e se possível, comentem também.
Link para a resenha no U.M.Z.:
http://undermetalblog.blogspot.com/2009/03/resenha-show-iron-maiden-brasilia.html
Uma história, uma paixão.
Pode parecer engraçado, mas conheci o som da banda há 11 anos (em Julho de 1998), em Brasília. Lembro-me como se fosse hoje: um moleque de 14 anos, em um quarto de hotel a trabalho, sendo aplicado ao som de uma banda até então desconhecida (para mim), e por um ex-chefe, diga-se de passagem (hehe).
Estávamos no hotel descansando depois de um longo dia de trabalho, ouvindo música e ele virou e disse: "ouve isso aqui!". Na época eu tinha um Disk Man, então ele colocou a coletânea "Best of The Beast", e pulou para terceira música do disco, e adivinhe qual era? "Fear Of The Dark", a versão ao vivo gravada em 1993, em Helsink (Finlândia), que está no CD (LP) "A Real Live Dead One" e no single "Fear Of The Dark Live".
Acredito que muitos fãs da minha geração conheceram a banda ouvindo essa música. Ela sem dúvida é uma das melhores músicas da banda, tanto é que está no setlist da atual turnê. Depois disso, um tempinho depois, comecei a pesquisar mais sobre a banda e foi em 2000 que eu realmente percebi o quanto gostava da banda. Fui com uns amigos a uma locadora alugar uns filmes, e olhando as prateleiras vi alguns shows de outras bandas e logo depois me deparei com o VHS do show "Live At Donnington" de 1992, então sugeri que o locássemos também. E assim fizemos.
Até aquele momento eu nunca tinha visto nada em vídeo da banda, só fotos em revistas e nos encartes de alguns CDs, pois na época não tínhamos e nem sonhávamos com YouTube, os computadores e a internat não eram tão decentes para baixar vídeos, e o principal: eu não tinha grana pra comprar CDs, VHS e o recém chegado DVD. Nessa mesma época começaram os anúncios de TV sobre o Rock In Rio III, mostrando como foram as edições anteriores e como seria a nova edição. E a cada vez que passava, mostrava trechos do show que o Iron Maiden fez na primeira edição, eu me arrepiava e então resolvi fazer um esforço pra ir ao festival.
Já com 16 anos, resolvi fazer uma campanha dentro de casa pra ir ao festival, mas minha mãe insistia em não deixar, pois, segundo ela: "É muito perigoso meu filho, é muita gente. Fico preocupada!", mas não adiantou muito. Juntei uma grana e com uma ajuda do meu ex-padrasto, meu primo Johnathan e eu conseguimos ir para o Rio de Janeiro.
Fui a cidade pela primeira vez em 2000, a trabalho (no Centro de Convenções do Rio, que é ao lado da Cidade do Rock), então eu tive uma noção de como andar pela cidade e chegar até lá. Acho que se não fosse essa primeira ida a cidade eu não teria ficado tão empolgado e me esforçado tanto pra ir ao festival. Comprei nossos ingressos via internet, na época era discada, e aguardei. Um belo dia minha irmã me acorda, por volta das "10 horas da madrugada" (Seu Madruga R.I.P.), jogando os ingressos em cima de mim, eu queria chingá-la, mas quando vi que eram os ingressos eu agradeci e não consegui dormir mais (hehehe).
Dia 11 de janeiro (data do primeiro show da banda em 85 no Rock In Rio I), seguimos viagem para o Rio, ficamos do dia 12 ao 23 de janeiro na cidade maravilhosa. Nossa primeira aventura foi ver o Guns 'N Roses, em um domingo, no terceiro dia de festival e alguns fatos curiosos desse dia foram: Carlinhos Brown levando latada - na boa, eu não gosto do som dele, não tenho nada conta e nem a favor também, mas colocar o cara pra tocar em um dia onde a grande maioria do público é de headbanger's é brincadeira - e a outra foi à participação da bateria da escola de samba Viradouro, que entrou no meio do show do Guns, fazendo batucada. Mas isso é detalhe.
A grande noite estava chegando, 19 de janeiro de 2001, o dia que ficaria marcado pra sempre na minha memória. Acordamos mais cedo, nos preparamos e fomos para a Cidade do Rock, chegamos lá por volta das 11:30 da manhã e os portões ainda não tinham sido abertos, mas as 12:00 a porta da esperança foi aberta. Eu tinha uma máquina fotográfica analógica, péssima por sinal, e todos diziam que não podia entrar com máquinas e que se pegassem tomaria. Enrolei a minha na camiseta e fiquei pulando enquanto o segurança fazia a revista, quando ele deu o sinal pra passar começamos a gritar e correr como loucos de tanta felicidade. Levamos 2 filmes de 36 poses para viagem, mas no final das contas salvaram mais ou menos 10 fotos. Legal não?!
Nos esprememos na grade por 8 horas até que as pernas não agüentaram e eu pedi pra sair, sim, pedi pra sair (kkkkk). Fomos lá pro fundo, e então aproveitei pra fazer um lanche e recuperar as energias. A banda Quens Of The Stone Age havia iniciado seu set quando saímos da frente do palco e um fato interessante desse dia (mais um) foi que o baixista estava pelado, a polícia veio e prendeu o cara logo após o show. Ele disse aos policiais que "achava que andar pelado no Brasil era normal, pois acho o país muito liberal". E ele tinha razão, acho que todos sabem o por que.
A banda seguinte foi o Sepultura, que estava prestes a lançar, "Nation". A banda fez um set até bom, por volta de 14, 15 músicas. Durante o show a poeira subia e água era jogada na galera. Sepultura sai, um pequeno intervalo acalmar os ânimos, e logo em seguida vem o Deus do Metal, Rob Halford. Honestamente eu não conhecia o som de sua nova banda, Halford, muito menos Judas Priest. Mas o show dele foi tão empolgante que chegando a Goiânia busquei tudo o que pude sobre ambas as bandas e hoje sou um grande fã das mesmas. O show terminou com as mais que clássica, "Breaking the Law", cantada por quase todos ali presentes.
Continua...
li esse tanto de coisa, na hora que começa a chegar perto vc.. para!
ResponderExcluirporra Adriano!!!
kkkk
abraço.
hahahaha... que isso Andréia... tá quase chegando ao fim. Já coloquei a segunda parte.
ResponderExcluirBjusss